A história de pessoas marginalizadas em regiões metropolitanas, sejam as estimadas 1 bilhão de pessoas morando em favelas no mundo ou aquelas em comunidades de baixa renda em países desenvolvidos, começa na terra.

Conforme as cidades do mundo crescem em uma velocidade sem precedentes, milhões de pessoas mudam para assentamentos não planejados que se espalham em encostas instáveis, regiões costeiras vulneráveis e periferias urbanas. Esses assentamentos, moradia de 25% de todos os residentes urbanos do mundo, constituem a maioria do crescimento urbano nas regiões em desenvolvimento. Eles geralmente não têm saneamento básico ou água potável.

O Instituto Lincoln trabalha na vanguarda do movimento para melhorar as vidas daqueles que moram em assentamentos informais e para tratar de disfunções nos mercados imobiliários que excluem as pessoas dos benefícios da vida urbana.

Os desafios de política são grandes. A regulamentação do uso do solo geralmente restringe a oferta de terras urbanizadas a preços acessíveis, a habitação de interesse social nos limites urbanos não dá acesso a empregos e equipamentos urbanos, e os governos locais não usam o valor do solo eficazmente para financiar o desenvolvimento urbano. Na medida em que a urbanização global se intensifica no século XXI, fica evidente a necessidade de um melhor planejamento de longo prazo e financiamento público para acomodar as centenas de milhões de pessoas que se mudam para as cidades em busca de uma vida melhor.

A view of disordered power lines and an engineer at work, Delhi, India
Uma imagem de cabos de eletricidade desordenados e um engenheiro trabalhando, Delhi, Índia.  Copyright: UrbanCow

 

Administrar Mudanças nos Bairros

A qualidade de vida ruim em áreas urbanas não é um desafio novo e não está limitada ao mundo em desenvolvimento. Em 1900, depois de uma década de crescimento explosivo da população, 2/3 dos residentes da cidade de Nova York moravam em cortiços sem água encanada ou ventilação adequada. Atualmente, as condições de moradia estão muito melhores, mas as cidades americanas em expansão agora enfrentam uma crise de moradias com preços acessíveis. Em outros lugares dos Estados Unidos, cidades tradicionais como Detroit, Pittsburgh, Cleveland e outras têm problemas de lotes vagos, déficits orçamentários, infraestrutura degradada e perdas de postos de trabalho e população, após décadas de declínio de sua base industrial.

O Instituto Lincoln há muito se dedica aos estudos da dimensão espacial da desigualdade. A pesquisa e assistência técnica do Instituto ajudam comunidades a minimizar a elitização (gentrificação) e deslocamento através de habitação inclusiva, habitação em cooperativa, fundos imobiliários comunitários e outras ferramentas de habitação acessível permanente. O Instituto também trabalha para promover o desenvolvimento econômico sustentável e a regeneração equitativa em cidades pós-industriais em situação difícil.

Regeneração das Cidades Históricas dos EUA

Alguns dos desafios associados com o crescimento urbano rápido e informal são compartilhados por cidades históricas em países em desenvolvimento — áreas em recuperação de períodos de declínio urbano. Este relatório explora os desafios de regeneração de cidades históricas dos EUA — cidades industriais mais antigas que sofreram perdas de empregos e população nas últimas décadas. Ele identifica os maiores obstáculos que impedem uma mudança fundamental na dinâmica dessas cidades e sugere diretrizes através das quais as cidades possam superar esses obstáculos e tomar o caminho da regeneração.

Cursos & Eventos

No Noticiário